Capítulo 10

A vindima no Douro

Ilustración de Marta Zafra

Chegados a Barca d'Alva, os vinhedos sucedem-se revestindo as encostas ondulantes do Alto Douro. Já se avistam a partir da margem espanhola, dispostos em filas ordenadas. Aqui, onde o calor pode ser asfixiante, os troncos das videiras mantêm o seu pulsar desde tempos imemoriais. A fusão do vinho com a aguardente deu origem a uma fórmula mágica que, desde o século XVII, é distribuída por todo o mundo em garrafas cujo néctar tem o mesmo nome da cidade onde nasceu: Porto.

Os fotógrafos preocuparam-se em documentar o seu processo de produção: da colheita das uvas, em meados de setembro, ao transporte para a adega, ao pisoteio, à fermentação, à adição de álcool até à sua conservação em barris ou toneis. Um dos pioneiros, o fotógrafo e editor Emílio Biel, é indispensável para ilustrar esta história.

Emílio Biel & Cª. Régua

Companhia dos vinhos do Alto Douro

1870-1915

Arquivo Municipal de Lisboa

Emílio Biel & Cª. Régua

Gaia. Companhia dos vinhos do Alto Douro

1870-1915

Arquivo Municipal de Lisboa

Artur Pastor

Neste roteiro ilustrado pelo rio Douro, temos a honra de poder mostrar a obra de dois mestres da fotografia recente que percorreram as regiões do Pinhão e do Peso da Régua: Artur Pastor e Alfredo Cunha.

Artur Pastor

Vindimas no Douro: fila de homens que carregam os cestos de cachos a caminho do lagar

1956

Arquivo Municipal de Lisboa

Artur Pastor

Vindimas numa casta tinta

1956

Arquivo Municipal de Lisboa

Artur Pastor

Região vinícola do Pinhão

Aspeto típico das vinhas na freguesia de Valença na vertente para a margem esquerda do rio Torto, 1954

Arquivo Municipal de Lisboa

Artur Pastor

Vindimas numa casta tinta

1956

Arquivo Municipal de Lisboa

Artur Pastor

Región vinícola de Pinhão

1954

Arquivo Municipal de Lisboa

Alfredo Cunha

Alfredo Cunha

Vindimas no Douro

1997

Arquivo Municipal de Lisboa