Capítulo 9

O Douro navegável

Um total de 208 quilómetros entre vinhedos, as velas desfraldadas de velhos rabelos e a eterna luz de poente que nos conduz à foz do Douro. O ponto de partida é Barca d'Alva, e é precisamente aí que começa O Douro Ilustrado ( 1876), um tesouro do património bibliográfico português que nos convida a navegar pelo Douro através de cerca de trinta gravuras.

Amadeu Ferrari

Barco rabelo

1950-1970

Arquivo Municipal de Lisboa

Amadeu Ferrari

Barco rabelo

1950-1970

Arquivo Municipal de Lisboa

Douro wine boats

1850-1900

Colecção Alcídia e Luís Viegas Belchior. Centro Português de Fotografia

O Douro ilustrado

En O Douro ilustrado, o visconde de Villa Maior quer que descubramos um país privilegiado:

«Si la fama de los preciosos vinos de nuestro Duero es grande; si ellos, como los de Falerno, Siracusa o Chipre en la antigüedad, han llevado el nombre del territorio en el que nacen a “todas las regiones del globo donde florecen los hábitos elegantes de la vida europea”, es sin embargo muy cierto que la fisonomía original y casi misteriosa de este país privilegiado por la naturaleza es aún hoy casi desconocida».

Visconde de Villa Maior
Douro illustrado. Album do rio Douro e paiz vinhateiro
Porto: Liv. Universal de Magalhães & Moniz, 1876

Visconde de Villa Maior

Douro illustrado. Album do rio Douro e paiz vinhateiro

Porto : Liv. Universal de Magalhães & Moniz, 1876

Barca d’Alva

«O viajante que desejar percorrer o rio Douro em toda o seu curso navegável, deve resignar-se a ir procurar o respetivo ponto de embarque no cais sito em Barca d’Alva, junto à fronteira espanhol, e descer pelo rio à mercê da corrente e da perícia dos arrais»

Visconde de Villa Maior
Douro illustrado. Album do rio Douro e paiz vinhateiro
Porto: Liv. Universal de Magalhães & Moniz, 1876

Miranda do Douro

E continuamos a nossa viagem detendo-nos em Miranda do Douro e nas palavras de um escritor universal, José Saramago:

«Em Miranda do Douro, por exemplo, ninguém poderia perder-se. Descemos a Rua da Costanilha, com as suas casas quinhentistas, e mal damos conta e passamos por uma porta da muralha e eis-nos fora da cidade, contemplando os grandes vales que se estendem para oeste. Envolve-nos um grande silêncio medieval: que época é esta e que gentes».

José Saramago
Viagem a Portugal. De Nordeste a Noroeste, duro e dourado
Madrid: Ed. Taurus, 1995

Artur Pastor

Pauliteiros de Miranda.

1950-1970

Arquivo Municipal de Lisboa

Breve homenagem
a José Saramago

Costumes do Douro

Fotografia Alvão, Lda.

Vista do Douro

[s.f.]

Centro Português de Fotografia

Alberto Marçal Brandão

Douro

1910

Centro Português de Fotografia

Alberto Marçal Brandão

Costumes do Douro

Pesca. 1900-1919

Centro Português de Fotografia

Alberto Marçal Brandão

Costumes do Douro

1900-1919

Centro Português de Fotografia

Alberto Marçal Brandão

Aregos: margens do rio Douro

1900

Centro Português de Fotografia